Quando agendamos a viagem à Amsterdam imediatamente lembrei do Red Light District. Quantas possibilidades uma visita à essa área da cidade não nos permitiria? Anotei isso na minha agenda mental e deixei lá.
Nossa visita à Amsterdam foi curta, aproveitando uma folga nos compromissos do Lucas. A cidade é linda, encantadora, com muita história, cafés charmosos e paisagens deslumbrantes a cada esquina. Deixei meu lado blogueira aflorar e lotei a memória do celular com centenas de fotos!
Na nossa última noite, convenci o Lucas a irmos ao Red Light District. Eu não sabia exatamente o que queria, mas estava bem animadinha. E que decepção! A região atrai muita gente! Era praticamente impossível andar.
Os cafés, que são especializados em venda e consumo de maconha, dominam a cena. Eu queria comprar um bolo de maconha para provar e entramos num dos mais famosos da cidade. O ambiente me colocou para baixo. Muita fumaça, pouca iluminação, mas o que mais me assustou foi o olhar triste das pessoas que lá estavam. Elas não se divertiam, estavam ali alimentando o seu vício. Isso saltou aos meus olhos.
Compramos o bolo e continuamos a andar. As vitrines com as prostitutas, com a luz vermelha em cima da porta, a marca registrada do lugar, estão por toda parte. As mulheres de pouca roupa, também com o mesmo olhar triste que encontrei no café. Mulheres sofridas, foi o adjetivo que surgiu em minha mente e não consegui tirar. As roupas provocantes, ou até mesmo a ausência de roupas, e as expressões sensuais não foram suficientes para me excitar. Lucas também não curtiu.
Depois de alguns minutos, saímos dali e fomos jantar. Minha animação tinha ido embora e passamos em branco a última noite em Amsterdam.
Já aconteceu algo parecido com você? Chegar muito animada em um local e ter sensações bem diferentes do que esperava?
Acontece… Tudo que criamos expectativas, pode ser frustrante ou não.
Acredito que, em uma viagem que não corresponda às expectativas, cabe ao viajante fazer valer a pena de alguma outra forma.